quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O retorno da música

Durante a década dos meus 20 anos as coisas que mais me importavam eram indie rock, folk e literatura pop.
De certa forma, eram formas de introspecção, que usava para tentar fazer sentido do meu mundo interior.
Amei, chorei, decidi rumos da minha vida, considerando como referências Rick Moody, Douglas Coupland, Wilco e Ben Kweller e a Amélie Poulain.

De repente, no início dos meus 30 anos uma vida nova nasceu, literalmente, figurativamente, assim sem querer. De repente eu era quem queria ser, eu era aquela criatura que não tinha conseguido ser aos 25. E a música sumiu, a literatura foi substituída por estudos de economia e filosofia política e nenhum traço daquela guria indie parecia ter restado, como se fosse uma vida ancestral. Tudo ficou mais calmo, mais feliz, meu mundo interior passou a fazer sentido e a tarefa agora era ler para fazer sentido do mundo ao redor. A música da radio, alguns minutos por dia, era suficiente.

Então, de surpresa, duas mulheres estranhas entraram cantando em uníssono e me fizeram lembrar da sensação inigualável de se apaixonar por um artista, do poder transformador que isso tem. Foram seguidas por 3 irmãs em harmonias e agora os fones de ouvido foram resgatados do esquecimento de uma gaveta empoeirada.

E aquela garota indie levantou a mão e disse que ainda mora aqui, em algum lugar.

Why is it?
You wisper when you really need to yell...

The Staves, at the very first track of the very first record. Oh, boy.

domingo, 22 de novembro de 2015

The pursuit of happiness is never-ending; happiness lies in the pursuit.

Saul Alinsky, Rules for Radicals

terça-feira, 3 de novembro de 2015

No man is an Island.
Mas algumas mulheres o são.

Tarde da noite e todas as coisas não ditas giram e se confundem quando fecho os olhos.

O único jeito de realmente dormir é extenuar meu corpo e desmaiar num sono de anomia.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

I'm your dolly. Stuffed with extra-bagage.
I'm hard headed, but completely soft inside.

Bah...Lucius. Como definiu o LPE, de-lucius

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Provérbios para justificar a dor de viver existem alguns.
O que não mata, fortalece.
Pode-se aprender pelo amor ou pela dor.
O que arde cura...
And so on...

As minhas escolhas e aptidões me trouxeram a vivenciar as dores mais profundas, mesmo que nem todas em primeira pessoa. A busca por sentido é o que nos move.

O sentido da minha vida é olhar a morte de frente e dizer: eu te desafio.
Não acredito em Karma. Acredito em vontade de viver, acredito que a vida vale em sua essência.
Eu tremo, calo, me agito, sinto o perigo que ronda minhas madrugadas insones.

A dor talvez tenha me transformado numa pessoa minimamente decente. Acho que sim. Não é a única forma e não espero que valha para outrem. Mas na busca por uma razão, foi onde me encontrei.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Tweedys

Jeff Tweedy entrou de fininho na minha vida em 2002. Desde então Jeff Tweedy e o Wilco fazem parte da minha rotina, como um casamento, um amor constante. Ainda não encontrei uma música que não goste, aquilo simplesmente faz sentido em algum momento. 

Jeff Tweedy compõe a trilha sonora da minha vida, de fato.

Pois bem, essa minha alma gêmea perdida no mundo tem 2 filhos crescidos. Nada melhor para provar o caráter de alguém do que prestar atenção aos seus filhos. Spencer Tweedy já está com 19 anos e, depois de terminar o colégio ( esteja bem claro), ajudou o pai a gravar um disco em homenagem à esposa. How cute is that???

Estou apaixonada pelo menino, apaixonada por qualquer vídeo em que apareçam os dois e de qualquer segundo de cumplicidade, do olhar de pai, do olhar de filho.

domingo, 14 de junho de 2015


Não sou boa com meios termos.
Gosto do sim e do não. Gosto de regras claras, detesto dissimulação.

Não aceito gosto mais ou menos de você.
Prefiro grosseria à mentira.

Sinto falta de quando o mundo mundo não era regido pelas exceções. Olho em volta e me sindo apátrida numa realidade onde o errado não existe exatamente.



segunda-feira, 25 de maio de 2015


Não ser perfeito o tempo todo não é o problema. Isso posso desculpar.
O problema é nem tentar.
Ia começar a escrever..........
Mas preferi dormir.

 Burnout:

 : the condition of someone who has become very physically and emotionally tired after doing a difficult job for a long time
 : the time when a jet or rocket engine stops working because there is no more fuel available

Costumava ter olhos de aguia, para aquelas letrinhas miudas e para os detalhes miudos daqueles que me cercam.
Costumava ter a letra redonda de quem se importa em ser lido.
Costumava ter lágrimas para chorar as desgraças e a beleza épica. 
Costumava falar por horas se o interlocutor me agradasse.
Costumara escrever mais de 140 caracteres. 
Passar a noite acordada ao telefone.
Dançar até a manhã chegar.
Sorrir até não mais poder.
Cantar até a garganta arder.
But it's all gone.
Burned-out.