quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Tempos atrás vi uma dessas listas randômicas da internet: 10 motivos pelos qual o verão em Londres te arruina para a vida.
Só o que pude fazer foi concordar, porque era mesmo verdade.

Muitas coisas na vida te arruinam dali por diante. Nunca se sabe quando uma experiência transformadora vai dar as caras e dividir teus rumos em antes ou depois. Somos sempre pegos de surpresa , pelo menos eu sou.

Se o verão em Londres definiu minha noção de cool, se a vida na metrópole definiu a solidão, se um filme definiu minha noção de romance, se algo que ouvi quando criança me fez amar melodias acima de tudo, se um caso passageiro se tornou minha definição do que é sexo, se uma amizade definiu o que é amor...tudo isso foi tão ao acaso. E, justamente porque não foi previsto, me achou vulnerável olhando para a lua e traçou mais uma curva no meu caminho.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O retorno da música

Durante a década dos meus 20 anos as coisas que mais me importavam eram indie rock, folk e literatura pop.
De certa forma, eram formas de introspecção, que usava para tentar fazer sentido do meu mundo interior.
Amei, chorei, decidi rumos da minha vida, considerando como referências Rick Moody, Douglas Coupland, Wilco e Ben Kweller e a Amélie Poulain.

De repente, no início dos meus 30 anos uma vida nova nasceu, literalmente, figurativamente, assim sem querer. De repente eu era quem queria ser, eu era aquela criatura que não tinha conseguido ser aos 25. E a música sumiu, a literatura foi substituída por estudos de economia e filosofia política e nenhum traço daquela guria indie parecia ter restado, como se fosse uma vida ancestral. Tudo ficou mais calmo, mais feliz, meu mundo interior passou a fazer sentido e a tarefa agora era ler para fazer sentido do mundo ao redor. A música da radio, alguns minutos por dia, era suficiente.

Então, de surpresa, duas mulheres estranhas entraram cantando em uníssono e me fizeram lembrar da sensação inigualável de se apaixonar por um artista, do poder transformador que isso tem. Foram seguidas por 3 irmãs em harmonias e agora os fones de ouvido foram resgatados do esquecimento de uma gaveta empoeirada.

E aquela garota indie levantou a mão e disse que ainda mora aqui, em algum lugar.

Why is it?
You wisper when you really need to yell...

The Staves, at the very first track of the very first record. Oh, boy.

domingo, 22 de novembro de 2015

The pursuit of happiness is never-ending; happiness lies in the pursuit.

Saul Alinsky, Rules for Radicals

terça-feira, 3 de novembro de 2015

No man is an Island.
Mas algumas mulheres o são.

Tarde da noite e todas as coisas não ditas giram e se confundem quando fecho os olhos.

O único jeito de realmente dormir é extenuar meu corpo e desmaiar num sono de anomia.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

I'm your dolly. Stuffed with extra-bagage.
I'm hard headed, but completely soft inside.

Bah...Lucius. Como definiu o LPE, de-lucius

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Provérbios para justificar a dor de viver existem alguns.
O que não mata, fortalece.
Pode-se aprender pelo amor ou pela dor.
O que arde cura...
And so on...

As minhas escolhas e aptidões me trouxeram a vivenciar as dores mais profundas, mesmo que nem todas em primeira pessoa. A busca por sentido é o que nos move.

O sentido da minha vida é olhar a morte de frente e dizer: eu te desafio.
Não acredito em Karma. Acredito em vontade de viver, acredito que a vida vale em sua essência.
Eu tremo, calo, me agito, sinto o perigo que ronda minhas madrugadas insones.

A dor talvez tenha me transformado numa pessoa minimamente decente. Acho que sim. Não é a única forma e não espero que valha para outrem. Mas na busca por uma razão, foi onde me encontrei.